domingo, 3 de fevereiro de 2013

Obras eleitoreiras


É absolutamente angustiante perceber que, apesar de todos os avanços democráticos da última década e do sucesso das políticas públicas de inclusão social, o modelo de construção (literalmente) de um país é o mesmo desde o governo JK: todo problema se resolve com mais cimento e mais asfalto.
Asfalto, cabe lembrar, é um subproduto do refino do petróleo. A borra do óleo cru (alcatrão) é misturada com um agregado miúdo (brita fina) para produzir uma massa flexível enquanto aquecida e razoavelmente resistente quando resfriada. E esta massa de borra de petróleo com brita cobre uma porção significativa das nossas cidades, chegando quase a 20% da superfície total. Junto com seu inseparável companheiro, o cimento, na forma de concreto (que, como o asfalto, também tem pedra na sua fórmula) ou de pisos em geral, 80% das áreas públicas das cidades brasileiras estão impermeabilizadas. 
Em resumo, nossas cidades têm um índice de impermeabilidade altíssimo. Cada vez que você passar por uma rua alagada, logo depois de uma tempestade de verão, lembre-se disto, a água não tem para onde ir, pois a cidade está toda impermeabilizada .  Fonte: Revista Fórum 

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