O ódio está no ar
Chama a atenção, nos últimos 12 meses, a ocorrência de episódios nos quais figuras eminentes do PT são hostilizadas em ambientes públicos. O caso mais recente envolveu o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, em um conhecido bar de Belo Horizonte. Pacífico como poucos e nunca relacionado em qualquer dos escândalos de corrupção de seu partido, Patrus pagou pelo extremo grau de desgaste que atinge o PT, o que configura mesmo uma onda de ódio contra o partido. Na recente história democrática brasileira, Governos impopulares não são incomuns: José Sarney, por exemplo, amargou baixíssimos níveis de aprovação enquanto a inflação anual se media com quatro dígitos. Por uma crise econômica muito mais modesta, entretanto, Dilma Rousseff se tornou unanimidade na rejeição popular. Não se pode imaginar, assim, que a corrente antipetista tenha origem apenas na frustração nacional devido aos índices gerais de emprego e consumo. Ao mesmo tempo, também não faz sentido crer