domingo, 21 de setembro de 2014

JBS dona da marca Friboi é o maior financiador de campanhas políticas de 2014



Potência empresarial que despontou no governo Lula como a maior indústria de carnes do mundo, o JBS tornou-se, nesta eleição, o maior financiador de campanhas políticas do país --com doações de R$ 113 milhões até o começo do mês.Dona das marcas Friboi, Seara e Vigor, a empresa deu dinheiro para bancar pelo menos 168 candidatos a deputado federal, 197 a deputado estadual, 12 a governador, 13 a senador e três a presidente, da maior parte dos partidos.

Mas a oposição levou a menor parte. Sócio de empresas e fundos de pensão ligados ao governo nos seus principais negócios, os donos do JBS concentraram 80% das doações nos governistas. O PT recebeu 25% do dinheiro doado e outros 55% foram destinados a sete partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff.

A empresa também lidera, ao lado da construtora OAS, a lista de maiores doadores da campanha à reeleição de Dilma, a quem deu R$ 20 milhões. Marina Silva (PSB) recebeu R$ 6 milhões, e Aécio Neves (PSDB), R$ 5 milhões.

Controlado pela família Batista, que começou a vida 60 anos atrás com um açougue no interior de Goiás, o JBS chama a atenção por ter doado bem mais do que campeões tradicionais do financiamento político, como as construtoras Camargo Corrêa, Odebrecht e OAS. O JBS não quis dar entrevista sobre o assunto. Por meio de nota, o grupo declarou que o objetivo de suas doações é "contribuir com o debate político e o desenvolvimento da democracia".

Afirmou também que a escolha de candidatos e partidos é feita "a partir dos projetos apresentados por ambos e que estejam em linha com seus valores e crenças". Nos últimos oito anos, o JBS aumentou em 465% o valor que destina à política. Na eleição de 2006, a primeira em que atuou com força no financiamento de campanhas, deu R$ 20 milhões (em valores atualizados).

Em 2010, a empresa entrou com R$ 83 milhões, que ajudaram a eleger oito governadores, sete senadores, 40 deputados federais e 19 deputados estaduais, além de Dilma. A busca por acesso ao meio político cresceu na mesma velocidade com que os negócios dos Batista se agigantaram. Apoiado por aportes bilionários do BNDES, o frigorífico, que faturava R$ 3,7 bilhões em 2005, agora tem fábricas em 12 países, 200 mil funcionários e faturou R$ 92 bilhões em 2013.

"Como toda empresa que fica grande, ela faz doações para ganhar influência no setor público", diz o professor Paulo Arvate, da FGV. "A dúvida é se foi o JBS que se aproximou dos políticos para crescer ou se foram eles que a procuraram quando viram que estava ficando grande."

Para o professor Sergio Lazzarini, do Insper, uma das vantagens que os doadores buscam é acesso facilitado aos candidatos que ajudam a eleger. "Eles conseguem atenção do governo quando necessário e têm ajuda de parlamentares para acelerar ou retardar projetos." A arrancada do JBS começou com a decisão do governo Lula de turbinar quatro frigoríficos para transformá-los em grandes multinacionais. Dois deles quebraram, um não decolou, e o único que seguiu em frente foi o JBS.


A empresa cresceu comprando concorrentes em dificuldade, no Brasil e no exterior, com apoio do BNDES. Foram R$ 9,5 bilhões, entre aportes e financiamentos. Hoje, o banco é o segundo maior acionista da empresa, com 24,59%. A Caixa Econômica, também controlada pelo governo, tem 10%. A família Batista tem 41,12%. Depois do JBS, os Batista se diversificaram. Atualmente, têm banco, fabricam cosméticos e produtos de limpeza, são sócios da estatal Furnas e construíram uma grande fábrica de celulose, onde são sócios dos fundos de pensão Petros e Funcef.



fonte :  http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/09/1519452-maior-doador-de-campanhas-concentra-repasses-a-governistas.shtml

Racionamento de água

Seis cidades mineiras já enfrentam racionamento de água devido à seca. Além de Itabira, Uberlândia, Uberaba e Viçosa, agora Governador Valadares e Lagoa Formosa tmabém entraram na lista. Em todo o Estado, 148 municípios já decretaram situação de emergência por conta da estiagem prolongada.

No Leste do Estado, o rio Doce esvaziou e a captação de água está comprometida. São 550 litros de água por segundo quando o ideal seriam 1,1 mil litros. A régua de medição apontava 29 centímetros negativos nessa quinta (18).

Lagoa Formosa, no Triângulo Mineiro, foi dividida pela prefeitura em sete setores. Cada um fica sem abastecimento de água duas vezes na semana de 6h às 18h por causa do baixo nível dos córregos Lavrado e Sapé.


“A água está escassa. Não chove na cidade há mais de sete meses e o nível dos reservatórios, que são pequenos, está cada vez mais baixo”, explicou o prefeito José Amorim.



Fonte Jornal Hoje em dia