Abaixo assinado on-line provoca políticos
Dois minutos. Esse é o tempo necessário para acessar um
manifesto online, ler os argumentos e se tornar um apoiador. No último ano,
mais de 3 milhões de brasileiros agiram dessa forma, e as duas maiores organizações
mundiais de abaixo-assinados abriram filiais no país. A novidade piscou no
radar da classe política, que ainda tenta aprender como lidar com esse
mecanismo de pressão.
Dois milhões assinaram uma petição para que a Câmara dos
Deputados votasse o projeto da Lei da Ficha Limpa. Um milhão e 600 mil
colocaram seu nome contra a eleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para presidir
o Senado. Pelo menos 180 mil já aderiram campanha pela destituição do pastor
Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos.
Para pesquisadores, a tendência é irreversível: a internet
consolidou um novo espaço para debate. Para Pedro Abramovay, diretor de
campanhas da Avaaz, o modelo tradicional de democracia representativa é
insuficiente, já que os cidadãos podem se conectar rapidamente em torno de um
objetivo comum. (Jornal o Tempo)
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