NO REINO DA BICHARADA - O LEÃO DA JUBA CAÍDA
O REINO DA BICHARADA - PARTE 2
NO REINO DA BICHARADA - O LEÃO DA JUBA CAÍDA
Esta é uma fábula do cotidiano, portanto, qualquer semelhança com fatos,
pessoas ou outros bichos, pode não ser mera coincidência.
Conforme
já contado em história recente, o Elefante, quando escolhido para ser o
administrador de um sítio não muito distante, convidou para participar da sua
administração um Leão que, para mostrar sua valentia não perdia oportunidade
para rugir da forma mais estridente que conseguia.
Instalado
na mata, e com enorme apetite, vivia beliscando ou abocanhado parte das rações
entregues pelos moradores, para a manutenção de todos e do lugar.
E
assim, pacatamente, o Leão levou a vida durante alguns meses, até que traído
pelo insaciável apetite, caiu no canto da sereia de uns bichos diferentes,
metidos a expertos, que habitavam a floresta de um lugar vizinho, que lhe
prometeram, não migalhas, mas sim toneladas de ração.
Cego
pela ganância, o leão imediatamente se interessou pela proposta e,
espertamente, promoveu para intermediar os contatos, por óbvio, para não
aparecer na fita, o seu fiel escudeiro, um Gambá, desajeitado, inexperiente e
da língua solta, mas também ganancioso.
A
partir daí, vários foram os contatos para o planejamento e execução do “desvio”
que pretendiam promover aos depósitos de ração da floresta. Em todos, o Gambá
sempre falava em nome do Leão, recebendo e levando ordens e, deixando pelo
caminho a podridão que é peculiar à espécie.
O
interessante é que, tudo que era combinado com o Gambá, era imediatamente
executado pelo Leão. Exigiram a troca do responsável pelo controle de interesse
dos bichos da floresta. No outro dia, por determinação do Leão, o mesmo foi
trocado por uma Gazela de confiança dos bichos que vieram de fora. Em outra
oportunidade exigiram a reformulação da comissão responsável pela análise das
aquisições de ração. De imediato, o Leão, mesmo rosnando alto para mostrar que
era ele que mandava no pedaço, promoveu a reformulação exigida. E assim foi até
que um dia a árvore caiu.
Como
os bichos metidos a espertos haviam vendido a mesma idéia nas florestas
vizinhas do local onde habitavam, os responsáveis por manter a ordem daquele
lugar, depois de muita investigação, meteram todos na jaula.
No
sítio, foi uma verdadeira debandada. No meio da correria, o Elefante batia o pé
no chão e a tromba no peito e urrava que não sabia de nada e que havia sido
traído.
Tal
qual o Elefante, por sua vez, o Leão flagrado com a mão na massa, também
rosnava que não tinha nada com aquilo, que sua força teria sido usada
indevidamente, e que a culpa era exclusiva do Gambá, movido pela ganância.
Aí,
para insinuar isenção, o que evidentemente não tinha, o Leão simulou ter se
afastado temporariamente da corte, alegando que o motivo seria facilitar a
apuração da sua participação nos fatos.
Já
o Elefante, orientado pelo Leão, que se preparava para bater em retirada com o
enorme rabo entre as pernas, imediatamente desmanchou o acordo firmado com os
bichos alienígenas, e, em seguida, expulsou da mata o Gambá, a Gazela e outros
bichos menores, como se fossem eles os únicos responsáveis pelo “desvio” de
ração que estava sendo tramado.
O
resultado da apuração, se é que houve, não poderia ser outro. Não havia
acontecido nada de relevante e, portanto, todos eram inocentes, inclusive o
Gambá e os demais bichos antes expulsos da floresta.
Foi
uma festa! Todos os bichos da corte se abraçaram e deram urras a seus líderes.
Enquanto o Leão procurava se mostrar indignado e a planejar seu retorno
triunfal à floresta, o Elefante passou a agir como vítima e, para que os fatos
fossem rapidamente esquecidos, desandou a insinuar grandes realizações e
milagres que promoveria futuramente no curso do seu reinado.
Acalmada
a situação, e julgando que a paz havia voltado à floresta, o Leão voltou à
corte, evidentemente, bastante ressabiado, de juba caída e com a cauda bem mais
crescida. Já o Elefante, mais desajeitado ainda, voltou a fazer o que mais
gostava, viajar, sem saber por que, ou prá que.
Tamanho
foi o susto quando perceberam que, em uma das suas patas dianteira, se
encontrava colada uma tarja de cor negra, semelhante aquelas usadas por bichos
que vão passear na Bahia, mas que teimava em não sair, deixando
evidente que em vez de a paz ter voltado, como acreditavam, era a guerra que
estava apenas começando.
Dejair
F. Lima
Advogado
e jornalista
MARAVILHA PARABÉNS ISTO QUE É MOSTRAR A REALIDADE COM MUITA CLASSE ISTO E PARA POUCO.
ResponderExcluirSimples, Trivial e esclarecedor retrata com clareza a Tarja Preta e seus desdobramentos em nossa cidade, lembrando que este enredo tem um patrocínio da POLICIA FEDERAL.
ResponderExcluirCaiu como uma luva. Nunca havia visto um governo ir com tanta sede ao pote no primeiro ano de governo. Pelo visto os compromissos de campanha ainda estao em aberto. Afinal o saque do. Thomaz seria grande.
ResponderExcluirSe gritar pega ladrao....nao sobra um meu irmao.
ResponderExcluirA sociedade organizada, entidades e clubes de servicos deveriam denunciar o Ministerio Publico de Araguari no Conselho Nacional de Justica por inercia e incompetencia pela omissao nas investigacoes do caso Tarja Preta. Basta apresentar uma representacao no CNJ em Brasilia. e a coisa anda. Reage povo de Araguari.
ResponderExcluirPesquise no TRE os financiadores com doaçao na campanha do Raul e cruze com os dados dos ganhadores das licitaçoes dos ultimos 11 meses e descobrira as coincidencias.
ResponderExcluir09-Jul-2013
ResponderExcluirG-8: a nova representação classista de Araguari
Grupo surge para contribuir com o desenvolvimento da cidade, buscando soluções para os problemas e interesses da comunidade.
Isso foi anunciado uns tempos atrás em noticiários locais, pergunta se um, foi atrás do que a câmara apurou? e se a câmara apurou alguma coisa o que foi apurado? como foi? cadê o resultado? (em tudo que se cria aqui colocam o "pau de toda obra" do TOTO, pior que ele entra nisso....)
É muita balela na cabeça da gente. É muita gente achando que ninguém esta vendo. O povo esta cansado....
Fica vendo onde isso vai acabar. Uma liderança que PARECIA promissora, virou uma decepção, um engodo (ele(s) não deve(m) nem saber o que é isso...)