Atual secretariado não agrega capital político ao Governo Raul Belém.
Já dizia Maquiavel em 1509 "Chegar ao poder é fácil, difícil é manter-se no poder. No ano que vem teremos eleições para prefeito, o cenário atual da economia e os escândalos de corrupção envolvendo a classe política são apenas uns dos complicadores no caminho dos que irão buscar a reeleição. E é nos municípios que tal empreitada nos parece mais penosa, já que a nefasta centralização dos recursos públicos nos cofres do Governo Federal inviabiliza a realização de investimentos por parte dos municípios, fato que causa um desgaste natural aos atuais mandatários do poder local. Em Araguari tudo indica que o atual Prefeito Raul Belém disputará a reeleição e portanto já entrará na disputa com o desgaste natural de quem já estará a frente do poder municipal nos últimos 3 anos que antecedem ao ano da eleição. Tal fato por si só, a meu ver poderia ser neutralizado pela impressionante habilidade política do Prefeito herdada certamente de seu pai, e de sua vasta experiência nos corredores do poder, além de seu incontestável carisma pessoal. Mas na visão deste observador existe outro fator complicador que merece uma reflexão mais aprofundada. O perfil do atual quadro de secretários municipais favorece o prefeito no caso de se buscar uma reeleição? Todos sabemos que a estrutura do poder no Brasil é muito complexa devido ao pluripartidarismo e nesse contexto seria utopia imaginar que este ou aquele governo consiga estabilidade política se não formar um governo de coalizão com as forças políticas locais buscando o equilíbrio dessas forças. E é justamente neste aspecto que concentro minhas atenções e observo atentamente os acontecimentos, e até arrisco a apostar que ainda este ano poderão ocorrer mudanças profundas no quadro de secretários municipais, pois com raríssimas exceções o atual secretariado não agrega capital político ao governo do prefeito Raul Belém.
Wilton Lima
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