sexta-feira, 12 de abril de 2013

O Poder dos meios de comunicação...

 

Um dos pilares em que descansa o poder das classes opressoras é a imprensa. O exército é o braço armado que protege o Estado (guarda pretoriana), e para este fim utiliza a violência armada contra os inimigos deste Estado. Os meios de comunicação são os braços manipuladores de consciências, e usam para isto a mentira, a montagem e a distorção da realidade. A imprensa e o jornalismo, usados como parte do poder, são conduzidos à prostituição intelectual. Esta relação entre poder e meios de comunicação tem crescido com o avanço e o desenvolvimento da tecnologia.
 Até antes da revolução industrial na Inglaterra (final do século XVIII) a imprensa não era mais que um fator (veículo) de cultura eclesiástica e seu alcance estava reduzido a uma elite de grandes proprietários de terras, padres e burocratas. Isso já não acontece, com o avanço e desenvolvimento da tecnologia capitalista. Com a revolução industrial e o surgimento da burguesia como classe hegemônica, o controle da imprensa e do jornalismo constitui instrumento estratégico de caráter ideológico e de propaganda para controlar o poder político do Estado e da sociedade.
Na época em que vivemos, da mais impressionante revolução tecnológica nos meios de comunicação, a imprensa tem agigantado sua dimensão de instrumento de poder. A imprensa, escrita, falada ou televisionada, é, antes de qualquer coisa, uma grande empresa política controlada pelo Estado. Seu rol político, em alguns casos, é mais importante que os próprios partidos burgueses. Assim, a televisão, os periódicos, a rádio, internet, etc., constituem um instrumento de primeira ordem para sustentar o sistema de opressão.
 Nenhum grupo de poder, nos países ricos ou pobres, pode prescindir do concurso favorável do jornalismo e dos meios de comunicação. No USA ou em qualquer outro país rico, os grandes consórcios da imprensa estão vinculados aos grupos econômicos e aos partidos do poder. É fácil distinguir a relação direta entre os grupos de poder e o controle das grandes empresas de comunicação. 

Luis Arce Borja

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